Em funcionamento há 68 anos, máquina ficará parada por dois meses para realização de melhorias

Em funcionamento desde 27 de abril de 1956, a unidade 14 da seção subterrânea da usina Henry Borden passa neste momento pelo seu primeiro retrofit completo, que inclui a substituição dos equipamentos originais, muitos deles defasados e no final de vida útil.

O serviço faz parte do projeto de modernização das unidades geradoras 11 a 16, incluindo a substituição dos geradores das unidades 15 e 16, com término previsto para 2025. O investimento é de R$ 105 milhões e a empresa contratada é o consórcio Voith Henry Borden.

Entre as melhorias em andamento na unidade 14, estão a troca de reguladores de velocidade e tensão, das tubulações de água para refrigeração, da excitação do gerador de rotativo para estático, bem como a implantação da automação completa na unidade. Já os enrolamentos estatóricos dos geradores 15 e 16 passarão de classe B para F, característica técnica que dará confiabilidade e segurança à usina subterrânea, visto que eles foram instalados em 1960 e 1961, respectivamente. Após o retrofit, as unidades contarão, ainda, com operação e supervisão remota.

“A modernização das unidades é importante para assegurar a segurança e a disponibilidade operacional, reduzindo de forma significativa as intervenções para manutenção corretiva. Com os novos equipamentos, os índices de qualidade e desempenho serão mantidos dentro da faixa determinada pelo órgão regulador”, afirma o coordenador de engenharia mecânica, Leilton Santos.

As usinas hidrelétricas da Empresa que tiveram sua concessão prorrogada passam por um processo gradual de modernização, com recursos provenientes da parcela de Gestão dos Ativos de Geração em Melhorias (GAG Melhorias), que compõe a Receita Anual de Geração (RAG) dessas usinas. Essa receita é oriunda do rateio estabelecido pela CCEE junto às concessionárias de distribuição do setor elétrico. A unidade mais recente a passar por este processo de modernização foi a número 13.

“O retrofit faz parte do planejamento da EMAE para revitalização e extensão da vida útil de seus equipamentos. A ANEEL monitora esses investimentos através dos indicadores de qualidade da usina”, destaca o gerente do Departamento de Engenharia, João Ribeiro da C. Neto.

Para a operação na unidade 14, a Voith disponibilizou, em média, 50 funcionários. Equipes da Engenharia, Manutenção e Operação da EMAE também atuam no trabalho.

As unidades 11 a 14 ficarão paradas 60 dias cada e as unidades 15 e 16, 120 dias cada.

Março de 2024.