Há grandes diferenças entre barragens de hidrelétricas, como as da EMAE, e de rejeitos.
Barragens de contenção de rejeitos são construídas para armazenar resíduos sólidos e água resultantes de processos de extração de minérios, sendo que o armazenamento desses rejeitos é necessário para evitar danos ambientais.
A barragem é construída, basicamente, a partir de um dique inicial e, na sequência, são realizados alteamentos (elevações) sucessivos, depositando material sobre esse dique inicial, normalmente oriundo do próprio rejeito de mineração.
O método de alteamento mais utilizado para esse tipo de barragem é o de alteamento a montante – proibido pela Lei 14.066/2020.
Por sua própria natureza, as barragens hidrelétricas têm características técnicas de projeto, construção e operação completamente distintas das barragens de rejeitos, sendo construídas em concreto, terra ou enrocamento.
As barragens da EMAE são construídas em concreto, terra ou enrocamento e foram projetadas para não sofrerem modificações em suas estruturas civis (alteamentos). Além disso, possuem sistemas extravasores, que são conjuntos de grande importância para a segurança das estruturas, constituídos por vertedouros e descarregadores de fundo.
Esses sistemas extravasores tem como finalidade a regularização dos níveis do reservatório, amortecimento dos níveis das enchentes, regularização das vazões dos rios a jusante (lado de baixo da barragem, na direção da foz), descarga segura a jusante das vazões de enchente, prevenção do galgamento da barragem, esvaziamento do reservatório em casos de emergência etc.